Muita reflexão marca a quarta-feira da II Semana Espírita de Bicas

                                                                                      Por Anderson Luiz Maia Ferreira

Nos horizontes do Espírito: este foi o tema do expositor Luciano Costa de Barbacena no terceiro dia de palestras da II Semana Espírita de Bicas que está acontecendo todos os dias às vinte horas no Pallazzo de Fiori.
            Baseando seu trabalho em frases de Jesus, na codificação do espiritismo por Allan Kardec e nos ensinamentos de Emmanuel psicografados por Chico Xavier Luciano começou seu estudo a partir de duas premissas básicas: O horizonte como sendo aquilo que podemos vislumbrar e o Espírito como o ser inteligente da criação e quando encarnado sob a denominação de alma.
            A partir de uma reflexão filosófica acerca do que somos de onde viemos e para onde vamos o expositor descreveu-nos como seres criados a imagem e semelhança de Deus segundo “A Gênese” de Moisés vivendo uma experiência através do corpo físico, criados simples e ignorantes e destinados à perfeição relativa e à plenitude.
            Com base na obra “Céu e Inferno” de Kardec fez referências ao Espiritismo como o maior antagonista ao materialismo, aos niilistas que entendem que a vida acaba com a morte do corpo físico; o  Espiritismo, ao contrário, admite a pré-existência do espírito, a realidade do espírito imortal e a sobrevivência deste para além da morte do corpo. Nem o materialismo absoluto nem o panteísmo que nega a individualidade do ser para além da morte, conforme Luciano, têm explicações satisfatórias para nossa existência.
            Com a maturidade da humanidade a Revelação Espírita emerge abordando em seus postulados a imortalidade do espírito, a pluralidade das existências admitindo que os espíritos foram criados em passado distante passando pelos reinos mineral, vegetal, animal e racional chegando ao reino hominal e destinados ao reino dos espíritos perfeitos rumo a uma jornada infinita que vai fazer com que possa evoluir. Como diz Allan Kardec “o processo da realidade espiritual é constituído de uma multiplicidade de possibilidades como a de nascer no corpo e se desenvolver a partir da experiência da encarnação na matéria., sobreviver à morte do corpo e manter sua individualidade” ... Como a experiência no corpo é mecanismo de evolução o espírito volta a viver no corpo através da reencarnação avançando infinitamente neste processo cíclico até que possa aprender e apreender tudo aquilo que a Terra possa ensinar.
            Comentando uma frase de Jesus que diz “Aonde estiver o teu tesouro aí também estará seu coração, mas não amealhe coisas na Terra onde as traças corroem e os ladrões roubam. Amealhai o que não perece” o orador Luciano levou os presentes à reflexão que na vida de relação a criatura só leva para o mundo espiritual aquilo que ela “espírito” é capaz de carregar. Com base nesta reflexão fez alusão ao grande conquistador Alexandre O Grande que em seu testamento fez três exigências: que seu esquife fosse levado pelos médicos mais capacitados de seu império, que sua riqueza fosse distribuída ao longo do cortejo e que suas mãos fossem colocadas abertas para fora do caixão. Com isso quis ensinar a humanidade que nem todo o conhecimento humano é capaz de evitar a morte; com base na Lei de Causa e Efeito como adquiriu bens que não lhe pertenciam quis que eles fossem devolvidos e que todos retornamos de mãos vazias ao plano espiritual.
            Nas reflexões finais de seu estudo lembrou Emmanuel guia espiritual de Chico Xavier ao dizer que “Somos aquilo que pensamos que somos” e que através da nossa tela mental é que vamos perceber os horizontes do espírito. Encontramos o horizonte espiritual de acordo com o que a nossa mente refletir diz Luciano.
            Ao final de seu trabalho utilizou-se da máxima de Jesus que diz: “Eu vim para que todos tenham vida e tenham vida plenamente e tenham vida em abundância”. “Somos filhos do amor, do Pai de misericórdia bendita que nos dá a oportunidade ímpar de nos melhorarmos construindo a partir de nossos pensamentos o nosso próprio destino".
“O horizonte está aí para todos nós. Só depende de cada um escolher o caminho. Que o nosso horizonte seja de paz, saúde, plenitude e felicidade” desejou o exímio orador a todos ao concluir sua fala aos aplausos dos presentes no Pallazzo de Fiori no encerramento do terceiro dia de palestras da II Semana Espírita de Bicas.